Salvia officinalis L.

Nomes comuns: Sálvia, Salva, Salva-mansa, Salva-das-boticas, Salva-da-horta, Chá-da-europa, Erva-sacra

Foto de 18/05/2008:

Exemplar: Duas estacas colhidas em 27/04/2008 e postas na terra no dia seguinte.

Indicações de culivo: É uma planta oriunda do Norte do Mediterrâneo e gosta de estar num local soalheiro, sob sol pleno. O substrato deve permitir uma boa drenagem. Prefere solos com pouca acidez e dá-se bem em vaso. Podar ligeiramente, na Primavera, para estimular o aparecimento de novos rebentos e, novamente, após a floração. Limpar regularmente a base de folhas mortas e outros detritos para evitar o míldio em condições de humidade. Convém substituir a planta a cada 4 - 6 anos, para manter óptimas as suas propriedades aromáticas. As folhas podem ser colhidas desde a Primavera ao Outono. A Salvia dá-se bem na companhia do alecrim, das couves e das cenouras, no entanto, a presença de absinto inibe o seu crescimento. Também não gosta da companhia de mangericão, arruda, pepino ou abóboras.

Uso culinário: Tanto as folhas como as flores são comestíveis. A Salva estimula a visícula biliar, ajudando na digestão de pratos gordos. Costuma ser usada como recheio, tempero e guarnição de carne de porco, pato, ganso e borrego. Também fica bem com perú, salsichas de porco, frutas cozinhadas, bem como para aromatizar vinhos e marmeladas. O seu gosto é bastante intenso, por isso deve ser usada com parcimónia. Não resiste a tempos de cozedura prolongados.

Uso medicinal: Ver ficha técnica.

Contra-indicações: Esta planta pode ter efeito tóxico se for ingerida em grandes quantidades ou por períodos prolongados de tempo. Não tomar mais do que 2 a 3 chávenas por dia, pontualmente, salvo indicação de um fitoterapeuta qualificado. Não deve ser utilizada por grávidas.

Outros usos: As folhas podem ser usadas na limpeza dos dentes e gengivas, actuando como antiséptico. A Salva é muito usada em perfumaria, em champôs para cabelos escuros, sais de banho, pastas de dentes, etc. É uma boa planta para associar com a horta biológica pois consegue proteger os legumes de certas pragas. É também uma planta com uma longa tradição mágico-religiosa, sendo usada em defumos purificadores, bem como em banhos de prosperidade, protecção e cura.